domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Química na Arte XXXVII

Biblioteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia

Água.Cor.Mancha.
Ritmo.Rapidez.Sal.
Caos.Transformação.Ordem.
Emoção.Criação.Significação.
Água.Sal.Vida
Estas aguarelas ganham vida própria ao aproximarem-se do léxico emocional de cada
observador, tornando-o assim parte integrante e essencial do processo criativo-estético
e convidando-o a estabelecer um diálogo introspectivo, ou uma “ligação química”,com
estas e comigo.
                                                                                                   Rita Nunes da Ponte



O sal de cozinha, o cloreto de sódio...
tão familiar, tão do nosso quotidiano...
o mais famoso composto contendo sódio...
Há milhões de anos que o sódio é levado das rochas e solos para rios e oceanos…
Ele intensifica sabores, possibilita meios aquáticos com salinidade apropriada ao desenvolvimento da vida... quase tornou um mar em “mar morto”...
Faz parte da nossa dieta, é constituinte do nosso corpo...
Do cloreto de sódio em água… iões positivos de sódio e iões negativos de cloreto dissociam-se. A eletroneutralidade é quebrada. Os iões libertam-se… Soluções saturadas de cloreto de sódio podem originar cristais que surpreendem pela forma e tamanho...
Com este sal, usado soluções aquosas de corantes apropriados, Rita Nunes da Ponte vem propôr uma forma imaginada de criar imagens, impressões difusionais impostas pelo cloreto de sódio, que nos transportam para um mundo novo (quase irreal). Um mundo imaginário onde, pelas leis da química e da física, sal e seus iões ditam formas e texturas que nos surpreendem... Como se iões, em interação com a solução, deixassem pegadas ditadas pelas forças interatómicas impondo redes intrincadas na estrutura da água, rearranjando os corantes. Um mundo microscópico visualizado macroscopicamente... Uma visão de Química e Arte...
                                                                         José J. G. Moura, Diretor Biblioteca
                                                                      Fernando Santana, Diretor FCT-UNL

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Voltando às castanhas...

Por altura do São Martinho falámos de  castanhas (aqui e aqui). Nessa altura até referimos que, no início do Outono, o cheirinho das castanhas assadas na rua, em carinhos ambulantes, nos dá uma sensação de conforto, suavizando uma certa tristeza pelo fim próximo dos bons dias de Sol. Torna também difícil resistir-lhe...

(foto de "As Cidades e as Serras", magazine cultural de Sintra)

O cheiro das castanhas tem muito que se lhe diga em termos de química... Por isso aconselhamos a leitura do post "Química das coisas boas: castanhas assadas" do blog De Rerum Natura.

Quem diria que uma mistura de gama-butirolactona, gama-terpineno, furfural, hexanal, benzaldeído e 4-metil-2-pentanona, entre outros em menor quantidade, nos causa todas as sensações de conforto e desejo que referimos acima!